quarta-feira, 3 de junho de 2015


Uma vez, não pela última nem pela primeira vez na minha vida, eu reencontrei a morte.
Ela estava mansa depois de agir bruscamente para que isso pudesse acontecer.

Dessa vez ela sabia que me atingiria diretamente e me disse: "não há nada que me impeça! Você já sabe, então nem me olhe assim! Nem o melhor médico, nem as grandes fortunas, nem todo o amor do mundo. Eu venho e resolvo o que a vida deixa pra eu resolver. A vida gosta de dar oportunidades, dias, momentos, comemorações, dores, experiências. Tudo no seu tempo, tudo na sua hora. Comigo não. Não tenho tempo, não sei o que é tempo. Eu duro apenas o momento em que o elo se rompe e nunca consegui medir isso. Depois de mim não sei quem vem. Muitos gostam de debater sobre esse depois, mas também não conheço. Já me chamaram de intervalo, de etapa, de ingrata...não me chame assim! Eu nem sei o que é isso. Eu faço meu serviço, doa a quem doer, é a minha vocação. O que eu sei é que eu desperto uma catálise. Eu sou o sinal de que o ciclo se fechou e que agora todos vão ter que se adequar! Eu dou vez aos coadjuvantes, aos sentimentos engasgados, ao amor incondicional. Eu trago o valor que a vida não dá a si mesma. Eu trago todos os instintos e fraquezas à tona, dando a oportunidade de tratar isso, de manobrar a incapacidade, de se sentir inteiro de si".

Depois de me falar essas coisas eu só pude lembrá-la, e ela me confirmou que já sabia mas preferia não admitir pra não perder a moral, que mesmo com seu toque certeiro o amor que ela anima desesperadamente mantém vivo a qualquer um. O amor perdoa, pede perdão, é grato, faz rir das boas lembranças e a manter a saudade que nada mais é que o sentimento de ausência do que foi muito bom! O amor mantém a alegria do vínculo, a harmonia da família, a eternidade do ser. O amor jamais morre.

Ao ouvir minha resposta ela olhou pra mim risonha como quem olhava uma criança inocente numa apresentação de balé, e disse: Ok! Então, até a próxima.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ninguém disse que seria fácil.
Eu não pedi pra nascer.
Nasci morrendo e morro cada vez que quero nascer de novo, levantar de novo, porque a queda sempre vem de novo.
Ossos da vida, do ofício, do amor...
Ser uma lindo leão adestrado pode ser confortável pra quem cativa a presença de alguém calmo, controlado.
Mas ser esse animal contido não se torna interessante quando seus instintos ainda existem.
Ninguém disse que seria fácil.
O mundo não pára pra você arrumar o cabelo. O registro é agora, a cobrança é agora, o relatório é pra ontem!
Se você faz malabares pra conseguir organizar tudo de dentro e de fora, e deixar "bonitinho", você deu o que tem e cada um só recebe o que exige.
Por isso, saber realmente o que os outros querem lhe faz poupar a energia. Aquela energia que pode ser gasta em algo insuficiente.
Mas insuficiente pra quem?
Pra você?Pro mundo?
Mas se é pra esse mundo exigente que você vive, no qual você planeja sua vida com todas aquelas pessoas especiais e escolhidas...?!
Ninguém disse que seria fácil.
Mas também não se pode dizer que é impossível.
Te escalaram pro time e você tem que dar o seu melhor - ou seu pior, depende do que você quer como consequência.

Vai e não faz drama!

sábado, 10 de novembro de 2012



















Entranhou, ardeu, ficou mexido.
Inexplicavelmente a mistura dos efeitos dos atos se entranha e incomoda.
Dá vontade de se gastar, se rasgar, pra ver se sai de dentro e voa.
Pra longe!
Não precisa ficar em mim todo a imaginação com ajuda dos detalhes citados.
Eu nunca achei que fosse estar onde estou, e por conta, mesmo, dessas informações.
Sou uma boba!
Cuspo as palavras no impulso e ao reler isso aqui desconheço.
Não é culpa de ninguém - digo, não é culpa minha (ninguém).
E alguém - todo o resto - deve prestar atenção nisso.
Digo por que sinto necessidade.
Gosto de me mostrar uma hora, em outra acho desnecessária a explicação.
Mas faço!
Faço porque tenho um rei na barriga que impera o que eu vivo e o que sou.
Sou guiada por ele, no egoísmo de quem sente a dor do tiro no seu próprio pé.
Mas passa!
E muito antes que eu volte aqui, eu já vou ter esquecido o que eu disse e por que.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Descompassamento dançado.

Em dias quentes, como os de agora, tudo ferve e aflora.
E é contraditório o que é frio, morno, natural.
São tantos detalhes, tantas coisinhas que levam a um destino que se não houver combinação certa, não anda.
A partir de um momento que a visão fica "out box", algumas coisas ganham valor e outras milhares perdem importância, por não ser essencial, por não ser o que realmente importa pra sua vida e crescimento.

Mas em determinado momento, há uma aceitação de ser alguém que agrade a outro.
Que atice ao outro. Que envolva o outro. E todo aquela lista de prioridades que se criou ganha desordem.
O que será que me dá? O que será que move essa vontade?

Algo tão precoce, imaturo, desconfiável e...é o que se quer.
Talvez pelo desafio. Talvez pelo valor.

Com todo o calor dos dias, a alma aquece e fareja sinais.
Algo que diga: "vem, fique a vontade", ou que cale de vez esses instintos manipuladores.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Promessa

De todo amor que houver eu vou ser o que você esperou por longos dias
Vou ser a reunião de todas aquelas coisas boas que você juntou de tantos outros...
Mas, também vou causar a cólera clichê de não conseguir ter raiva
Como também te aprisionar numa vontade sedenta de viver esse amor livremente

O que eu quero que você perceba, é que eu vou ser o que for melhor.
Porque eu vou querer ser o melhor. O melhor pra mim. E pra você também.

E a leveza de tudo vai fazer girar, girar, girar o mundo
E deixar de ponta a cabeça até fazer rir.

Juntando todas as sensações e situações, você vai se sentir preso a mim,
Nem que seja na lembrança.

sexta-feira, 1 de julho de 2011





















Se o amor fosse o único responsável pela manutenção das coisas, pela permanência dos longos dias e pela paciência desmedida necessária entre os seres, aos amantes e amados seria graça.
Viveriam na sublime condição de amor total.
Por amor. Pelo amor. Para o amor. Com amor.
Mas assim, seria uma amor congelado, sem vida, sem emoções, estático, estético apenas.
Por viver e interagir num mundo onde vários outros sentimentos e sensações se relacionam este amor se modela, modela, modela...
Nós mesmos é quem escupimos o amor em troca de coisas que ele nem pode dar. Nem ele.
E assim, vivemos do prazer e da dor de tudo a que nossas escolhas nos levam.

Chega um momento que não tem pra onde voltar...o diamante já está talhado!
É precioso, existe, mas de outra forma.
Felicidade que ainda exista e queira bem.
Que respeite e considere. De modo a conviver.

Para cada tipo de amor existem moldes diferentes.
Mas, mesmo assim, grandes, pequenos, largos, rasos, profundos, nenhum desses moldes é capaz de sustentar sozinho os talhos das suas escolhas.

Bel Lima

quarta-feira, 4 de maio de 2011




















Florescer
Flor e ser
Flor de ser
Flor no ser

Flor, o que quer ser?

Flor, o que precisa ter?

Chão!

Bel Lima